quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Auto-avaliação

Ao decorrer desta unidade, todos os trabalhos impostos eu fiz. Com um pouco de dificuldades (como foi à primeira unidade que estive presente em todas as aulas. Onde tive que recuperar matérias perdidas), mas sempre entregues.
Apesar de tudo, tive oportunidades de ler alguns livros recomendados e de auto-escolha; vir em nossas apresentações. Participei da Semana da Consciência Negra, onde aprendi muitas coisas pelas quais não era informada. Vi como tem pessoas hipócritas em achar que certos erros só servem para aprender. E que de frente de alguns devemos nos esquivar. Grande ilusão.
Foi um semestre de muitos acontecimentos. Inesperados e esperados. Mas, como diz o “grande” Drummond: “Ninguém é igual a ninguém. Todo ser humano é um estranho ímpar.” As pessoas podem fazer e falar o que quiser desde que não machuque ninguém. Pois, ter liberdade de falar é uma coisa, machucar já é outra.
Nesse ano, aprendi coisas que nunca pensei que conseguiria aprender em um ano. Mas, com satisfação, conseguimos. Pois sei que não fui a única que pensou dessa forma.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Igualdade de genero

Antonela?

Normalmente, presenciamos momentos em que a sociedade, sempre impõe “poréns” na vida das pessoas. Tanto em relação questão social, racial, religiosa, etc. Mas, a que geralmente deixamos para trás, é a feminilidade. Onde temos que ser colocadas na sociedade, como uma “boneca de porcelana”. Assim, o nosso trabalho só é de satisfazê-la, pois a qualquer movimento indevido, quebram.
Muitas vezes, as mulheres deixam influenciar com essa imposição da sociedade. Aceitando o trabalho doméstico como uma tão esperada independência. Com o “chefe” da família disposto a cuidar e sustentar da melhor forma possível.
Para quê deixar seu poste de “madame”, se é que pode ser chamada assim? Sempre acreditando que as “felizes” são as quem têm companheiros com uma boa renda salarial ou que prefere suas esposas em casa. Portanto, sempre que puderem as atacaram e as humilharem, terá mil e uns pretextos e elas, lógico, terão que se calar.
Além disso, ainda existe a diferença salarial entre homem e a mulher, mesmo diante de trabalhos iguais. Principalmente na política, onde as mulheres são completamente privadas. E quando tem, são vistas como se fosse uma alienígena. Casos parecidos com esse são mostrados no nosso cotidiano regularmente.
Antonela já nos serve como exemplo do outro lado da moeda. Jovem batalhadora, que sempre lutou por seus ideais. Tendo como um dos principais sonhos e se tornar médica. Porém, sua realidade fora bem diferente de seus sonhos. Era casada, e embora estivesse no auge dos seus 23 anos, já tinha três filhos. Seu marido marxista não a deixava trabalhar. A obrigava a ser dona de casa, fato que atrapalhava a realização da sua independência.
Embora fosse dona de casa, tinha uma vida estável. Seu marido, empresário bem sucedido não a deixava trabalhar por seu ciúme demasiado, acreditando que ela poderia se apaixonar por outro. Algumas vezes, Antonela até conseguia vencer seu marido e ficava empregada. Mas esse, pelo ciúme e pela influencia, sempre arrumava uma forma de demiti-la.
Sempre se irritava, mas acabava perdoando-o. Após algum tempo seu marido começou a chegar tarde e mudar suas atitudes. Antonela começa a desconfiar, e passa a investigar. Pensava: “Ele sempre teve ciúmes de mim. Me impede de muitas coisas com medo de traí-lo. E agora eu acho que é ele que trai.”

Daí, Antonela começa a investigar, olhando as mensagens e ligações do celular do marido. Um dia vê uma mensagem, onde eles marcavam um encontro. Vai a o lugar previsto e se debate com o marido aos beijos com outra. E percebe que aquela outra, é sua médica.
Quando descobriu que estava sendo trocada por outra. Uma médica. Reuniu forças e decidiu que aquela mulher submissa não mais existiria. Pede separação e por ter renda razoável, teria como se manter na faculdade, já que durante o casamento, era sustentada pelo marido.
Muito tempo passou, e agora estava ela em seu consultório. Agora uma medida, respeitada e bem sucedida. Mas uma grande “surpresa” a impressionou e deixou mais confiante do que queria para sua vida. Seu ex-marido, em seu consultório, lhe pedindo outra chance. É claro que recusou, mas teve consciência de que agora, mulher independente tinha mais valor perante a sociedade.
Esse é um dos casos das várias “Antonelas” do nosso Brasil.

Paisagem de amor

Que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar? Sendo assim, peço licença para tentar lhe explicar o que é amar. Ah... Amar... Um lindo sentimento tão puro, singelo, patético e paradoxal que existe. O amor foge entre as matas... Se esconde entre os arbustos e se ampara num clarão do luar.
Eu e você nos encontraremos, mas não sei quando... Se é daqui a dois dias, se é daqui a mil anos.
Não sei como, mas já me sinto ligado a você. Esse sentimento é tão poderoso que... Te amar, eu ousaria. Você se torna palco para eu ser seu artista... Se transforma em artista, para que eu possa virar platéia. Porém, para ser sincero, queria me tornar ladrão, para roubar teu coração.
Nota que a coragem não é a ausência do medo. Mas que medos são esses que tanto ladram? Se ocultarmos nossas fraquezas e o destino nos alcança e nos lança ao inesperado. Se somos tão corajosos para transgredirmos as regras, para quê temer as tempestades?
Porque unindo pedaços de palavras, aos poucos vão se transformando em orvalho e sendo você orvalho quero ser sua manhã. Manhã pela qual quero acordar e sentir em meus braços.
O que sinto meu Deus? Meu Deus é tão forte até pode matar. Esse sentimento repleto de paradoxos, onde alguns amores são efêmeros, outros eternos. Alguns doem, mas em seguida nos anestesia de uma forma que faz nossos corações chorar. Que sangra, mas cicatriza.
Como amar, pode ser paciente? Se a cada milésimos, segundos, minutos, horas... É uma eternidade.
Como o bom e velho Graciliano Ramos dizia: “Dizes que brevemente serás a metade da minha alma. A metade? Brevemente? Não: Já és, não a metade, mas toda. Dou-te a minha alma inteira, deixe-me apenas uma pequena parte para que eu possa existir e amar-te.”


Andressa Alves
EI-11

Negros antes, negros depois. Mas, nada muda

Os negros retratam uma realidade baiana que passa por vistas grossas diante da sociedade. Sempre nos mostrando história que a História não conta, relata o quanto os negros sofreram para conseguir sua liberdade, sua cultura, religião, crenças, preconceitos e sofrimentos.

Em certo período os negros já não suportavam a escravidão, alguns conseguiam fugir e ir para a mata. Chegando lá encontravam outros fugidos e formavam comunidades com a cultura africana, plantando e produzindo. Sendo esse o motivo da formação dos quilombos. Atualmente, há cerca de 300 a 500 comunidades quilombolas na Bahia. O passado da maior parte dos quilombos é marcado por disputas e conflitos com os proprietários.

Poucos negros cursam universidade, e as que são apenas alfabetizadas têm cargos “privilegiados”. Agora com as cotas ficou bem mais fácil a entrada desses. Tudo bem que sempre terá um engraçadinho que vai querer se aproveitar dizendo ser negro. Mas é melhor que haja 10 ou 15 engraçadinhos e 100 negros beneficiados pelas cotas.

Há alguns negros que não se assumem e ficam impondo padrões para serem chamados de negros. Segundo esses, para ser negro legitimo tem que ter os cabelos crespos e pele escura, caso tenha cabelo liso ou “bom” não é legítimo.

Em suma, percebi o quanto os negros sofreram e sofrem para ter seu lugar na sociedade. Nota-se que mais de 50 % da população brasileira é afrodescendente e mesmo assim, existe preconceito em ambas as partes. Mas apesar de tanto sofrimento, eles seguem com garra, cantando, dançando , estudando, trabalhando e enfim, lutando para que no futuro o negro seja realmente valorizado.

Andressa Alves

EI-11