Eunápolis, Bahia 17 de Abril de 2009
Prezado Luís Inácio Lula da Silva,
Venho argumentar algumas contradições em determinadas instituições onde dizem que não tem uma organização preconceituosa, seja física, social ou racial. Sendo que se observarmos em que cargo estão os negros e quais seus salários? Muito embora, abaixo dos cargos e salários dos homens negros, estão as mulheres negras.
Seja em empresas, escolas, hospitais, novelas, inclusive a questão dos bairros. Normalmente, moram em periferias das grandes metrópoles. Onde encontramos a ausência de qualquer aparato estatal. Condições precárias de moradia e, uma intensa exploração do trabalho infantil e feminino.
Tendo uma relação com o passado, onde os escravos eram negros e os senhores brancos. Então, o que estamos vivendo além de uma escravidão nos dias atuais? Esses salários querem nos transparecer que a “coisa” realmente não mudou, a única diferença é que agora estamos em uma sociedade moderna, mas com pensamentos tão primitivos.
Exemplos são o que não faltam: falta de negros nos cargos superiores (presidência, diretorias, consulados, prefeituras entre outros). E ainda dizem que não vivemos em um país preconceituoso e, sempre que podem ressaltam que o nosso Brasil é mestiço. Será que podemos acreditar neles?
As cotas para negros é uma solução imediata para adiar a questão do racismo no Brasil. Antes dessas, o número de negros nas faculdades era inferior, mas graças elas vem aumentando a ingressar os negros nas faculdades. Mas, o óbvio seria que eles começassem a existir, já que é questionada a falta de conhecimentos. Porém, não é assim que acontece e, sabemos que enquanto não crescermos, continuará a ser esse país que não valoriza sua cultura.
Quando começaremos a mudar isso? Se continuarmos a acreditar nisso, onde iremos parar? Como podemos dizer que a maioria da população negra é pobre se não dermos oportunidades para que isso não aconteça? Isso deixa para o senhor responder. Agindo. A meu ver, acho que essa é à hora de usufruir um pouco da sociologia e deixar a filosofia de fora.
Atenciosamente, Andressa Alves,
estudante do Curso Integrado de Informática
do Instituto Federal da Bahia – Campus Eunápolis.
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